Sunday, May 20, 2007

Tendências na Mortalidade regional por DCV no BR

A propósito de estudos em andamento sobre discriminação da mortalidade por DCV em Porto Alegre, Maria Inês traz referência, remetendo à determinação socio-ec0nômica a desigualdade na mortalidade por DCV no Brasil, o que deve se reproduzir dentro da matriz geográfica (regional) e na tendência (quando se acrescenta a matriz temporal).

De: Maria Inês Reinert Azambuja [mailto:miazambuja@terra.com.br]
Enviada em: domingo, 20 de maio de 2007 22:01
Para: Sergio Luiz Bassanesi
Cc: aloyzio.achutti@terra.com.br
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40n4/19.pdf

Rev Saúde Pública 2006;40(4):684-91
Desigualdade social e mortalidade precoce por doenças cardiovasculares no Brasil
Socioeconomic inequalities and premature mortality due to cardiovascular diseases in Brazil


Lenice Harumi Ishitani, Glaura da Conceição Franco, Ignez Helena Oliva Perpétuo, Elisabeth França

OBJETIVO: Investigar associação entre alguns indicadores de nível socioeconômico e mortalidade de adultos por doenças cardiovasculares no Brasil.
MÉTODOS: Foram analisados os óbitos de adultos (35 a 64 anos), ocorridos entre 1999 a 2001, por doenças cardiovasculares, e pelos subgrupos das doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares-hipertensivas, obtidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram selecionados para análise 98 municípios brasileiros, com melhor qualidade de informação. Para analisar a associação entre indicadores socioeconômicos e a mortalidade por doenças cardiovasculares, foi utilizada a regressão linear simples e múltipla.
RESULTADOS: Na análise univariada, verificou-se associação negativa para a mortalidade por doenças cardiovasculares e o subgrupo das cerebrovasculareshipertensivas com renda e escolaridade, e associação direta com taxa de pobreza e condições precárias de moradia. Quanto às doenças isquêmicas, houve associação inversa com taxa de pobreza e escolaridade, e direta com condições precárias de moradia. A escolaridade, após ajuste pelo modelo de regressão linear múltipla, permaneceu associada à mortalidade pela doença investigada e seus subgrupos. A
cada ponto percentual de aumento na proporção de adultos com alta escolaridade, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares diminui em 3,25 por 100.000 habitantes.
CONCLUSÕES: A análise da mortalidade dos municípios mostrou que a associação entre doenças cardiovasculares e fatores socioeconômicos é inversa, destacando-se a escolaridade. É provável que melhor escolaridade possibilite melhores condições de vida e, conseqüentemente, impacto positivo na mortalidade precoce.
DESCRITORES: Doenças cardiovasculares, mortalidade. Fatores socioeconômicos. Fatores de risco. Desigualdades em saúde.

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