Wednesday, December 21, 2016

DBPOC infecção bacteriana

16/08/2016
Uma investigação conduzida pelo Instituto de Biotecnologia Agrícola (IdAB) identificou, através de uma metodologia pioneira, elementos bacterianos envolvidos na infecção causada por um patógeno que coloniza as vias aéreas de pacientes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Esta constatação, resultado da colaboração com pesquisadores internacionais das universidades Drexel e Pensilvânia (ambos dos EUA) e British Columbia (da Canadá), permitirá abrir novos caminhos para o desenvolvimento de terapias antibacterianas aplicáveis a infecções respiratórias.
O estudo, publicado na revista PLoS Pathogens, desenvolve uma metodologia pioneira para analisar as bases genéticas de bactérias patógenas e serve para identificar alvos terapêuticos com o fim de desenvolver novos agentes antimicrobianos.
O potencial desta metodologia, chamada TREP (transformed recombinant enrichment profiling), reside em "sua enorme capacidade para a rápida identificação de fatores de virulência bacterianos, os mecanismos com os que contam um microrganismo para poder entrar no corpo humano, invadir tecidos e provocar uma doença e que podem ser mais bem explorados posteriormente como alvos antimicrobianos", de acordo Junkal Garmendia Garcia, diretora do estudo científico e titular do CSIC na IDAB, centro misto do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), a Universidade Pública de Navarra (UPNA) e o Governo de Navarra.
Este trabalho aplicou a metodologia TREP ao estudo da arquitetura genética da invasão intracelular causada pelo patógeno respiratório Haemophilus influenzae, colonizador das vias aéreas de pacientes respiratórias crônicas e ao que se associa a um agravamento dos sintomas da DPOC.
"Este patógeno invade o epitélio respiratório, que é o tecido que recobre o trato respiratório e atua como uma barreira protetora das vias respiratórias e a infecção escapam a resposta imune e a intervenção terapêutica durante a infecção crónica –
explica Junkal Garmendia –. Como resultado, o patógeno persiste".
Mediante a metodologia TREP, foi identificado o patógeno Haemophilus influenzae elementos chave, tanto para invadir o tecido epitelial como para aderirem-se vários deles entre si e formar assim grupos ou micro colônias. "Em conjunto, o estudo identifica elementos bacterianos cujo bloqueio pode interferir a invasão do patógeno, o que, por sua vez, deve aumentar a eficácia antibiótica contra a infecção respiratória", aponta Junkal Garmendia.
A metodologia TREP é aplicável a uma vasta gama de espécies bacterianas, incluindo, entre outras, os agentes patógenos respiratórios Streptococcus pneumoniae (que provoca pneumonia, sinusite...) e Moraxella catarrahlis (causando otite, bronquite, sinusite e laringite), além do já referido Haemophilus influenzae.  
Referências:
Mell JC et al, Transformed Recombinant Enrichment Profiling Rapidly Identifies HMW1 as an Intracellular Invasion Locus in Haemophilus influenzae. PLoS Pathog 12(4): e1005576. doi:10.1371/journal.ppat.1005576
Fonte: Agencia Sinc

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