Saturday, October 07, 2023

3.157 AMICOR (26)

#Com Dra. Valderês A. Robinson Achutti (*13/06/1931+15/06/2021)

Em novembro 1995 no Lago Titicaca (BO)

#Re-Publicando artigos antigos meus...


ESPAÇO-TEMPO
Editorial publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia No. 2 Vol 108, 2016

Aloyzio Achutti*
Espaço-tempo é uma das questões fundamentais da física e mexe com as próprias bases da ciência. São dois conceitos ligados à percepção da nossa simples realidade, através dos quais medimos e interpretamos o universo no qual vivemos.
A noção de espaço está ligada ao território de domínio, característica que interessa a todos os seres vivos para garantir a subsistência, reprodução, segurança e preservação da espécie. Entre nós humanos, evoluímos para a estruturação urbana, forma de convívio predominante há poucas décadas.
O tempo está embutido no próprio DNA, através do fenômeno apoptose, no comando do tempo de cena de cada ator, garantindo renovação permanente, e eliminação dos erros de percurso - estratégia para assegurar a continuidade do espetáculo - priorizando a espécie em detrimento do indivíduo. Tem a ver com mortalidade, evolução, desenvolvimento e sustentabilidade.
Mortalidade descreve o tempo médio de vida de uma população dando-nos ilusão de algo homogêneo, mas evidentemente desigual quando analisada sua distribuição, inclusive espacial. A busca da explicação causal das diferenças leva-nos a elucubrar sobre condições e qualidade de vida da população, e heterogeneidade no desenvolvimento humano. A comparação de séries históricas, permite identificar estratos marginalizados, ou que não conseguem acompanhar as vantagens das quais outros se beneficiam.
Este tipo de estudo pode ter escala mundial, observando, analisando e comparando um país com outro. Pode-se fazer dentro de um mesmo país com diversas distribuições da matriz espacial, por regiões, estados ou municípios. Pode-se estudar também por gênero, grupos etários, etnias, ocupações, etecetera...
O estudo da evolução temporal da mortalidade no Estado do Rio de Janeiro (1) é um bom exemplo. Nós, em Porto Alegre, preocupados com a questão urbana, estudamos nossa cidade e sua distribuição por bairros (2), revelando, através da mortalidade precoce por Doenças Cardiovasculares, a vulnerabilidade ligada à desigualdade social e segregação urbana. Um de nossos autores (Sérgio Bassanesi+), dizia que a cada km que se desloca do centro para a periferia (melhores para piores índices) contam-se anos perdidos de expectativa de vida; ou como eu discuti num artigo de jornal da época (3) “diga-me o teu CEP e dir-te-ei teu risco cardiovascular”.
As séries históricas permitem olhar indicadores em perspectiva. No estudo da mortalidade no Estado do Rio de Janeiro é possível constatar ao longo do tempo uma queda progressiva e consistente dos índices em quase todas as regiões analisadas, convergindo quase todos para níveis melhores e relativamente mais próximos, embora permaneça - o que seria de se esperar – um atraso entre aqueles que partiram de situações menos favoráveis.
Nossa tendência, pela formação (ou deformação) profissional é de nos fixarmos na boa notícia relacionada com indicador de saúde, esquecendo que não passa de um epifenômeno, determinado pela qualidade de vida, e que nem sempre uma redução da mortalidade reflete melhor desempenho nos demais indicadores de desenvolvimento humano. Não somente a saúde - ou mais especificamente a saúde cardiovascular - está atrelada a determinantes sociais, mas também a violência ligada à desigualdade, os defeitos de autoestima, o desinteresse e a falta de perspectiva, a exploração selvagem do trabalho, os desequilíbrios financeiros e orçamentários, a corrupção, a qualidade da assistência e da informação, enfim, todas as mazelas que afetam as pessoas, aqui e em qualquer parte do mundo. Para conservar as vantagens e por defesa, nós nos segregamos territorialmente (espaço), como se não estivéssemos ocupando o mesmo espaço ao mesmo tempo, e não pertencêssemos à mesma espécie.
Temos nos preocupado com o aquecimento global, fazendo estimativas sobre quanto tempo ainda temos para evitar a catástrofe global, fugindo do ponto sem retorno. Deveríamos fazer o mesmo ao analisar a temperatura da desigualdade através dos estudos de mortalidade. Quanto tempo ainda nos resta para compreendermos e investir na abolição das causas que determinam desigualdade na distribuição espacial dos indicadores de saúde?

·         *Professor da UFRGS (aposentado), membro do Programa de Pesquisa e Extensão sobre Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdade (UFRGS), Conselheiro Científico da Federação Mundial de Cardiologia (décadas de 1980-90), e do Comité Diretor da Organização Mundial de Cardiologia para área Cardiovascular por 3 períodos.
Bibliografia:
1.       G.P. Soares, C.H. Klein, N.A. de Souza e Silva, G.M.M de Oliveira: Evolução da Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, de 1979 a 2010. Arq. Bras. Cardiol. 2015;104(5):356-365
2.       S.L. Bassanesi, M.I.R. Azambuja, A. AchuttiArq Bras Cardiol. 2008; 90(6): 370-379
3.       A. Achutti: O coração e o CEP. Porto Alegre - Jornal Zero Hora 2007, 13 setembro.

#Padrinho do AMICOR


Professor Eduardo de Azeredo Costa está com minha irmã Dra. Maria Helena: Hoje, dia 06 de outubro, recebemos a visita dele, que o chamo de Padrinho do Blog Amicor, porque há 26 anos, enquanto discutíamos a Declaração de Gramado, como conclusão do Seminário de dez dias sobre Epidemiologia e Prevenção de Doenças Cardiovasculares, como eu iniciava cada e-mail com a expressão "Caríssimos Amigos do Coração", ele sugeriu que eu trocasse para "Caríssimos AMICOR". Adotei o nome, e ele se tornou o padrinho. Fomos também companheiros em outros projetos, e trocamos amigos comuns. Também já havia coordenado a investigação epidemiológica sobre hipertensão arterial e outros fatores de risco, em amostra representativa da população adulta de nosso RS, em 1978, maior amostra abaixo do equador, na época.

#HMV - 96 anos


#Santa Maria Hospital de Caridade

O presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Maria (Sindomed) e diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em Santa Maria, Walter Priesnitz, participou do jantar de gala em comemoração aos 120 anos do Complexo Hospitalar Dr. Astrogildo de Azevedo (HCAA), em Santa Maria. A solenidade reuniu diversas autoridades políticas e da saúde no Salão Nobre do Clube Dores, onde ocorreu a recepção no último sábado,30.

Walter Priesnitz sentou-se ao lado das netas do fundador do hoje principal referência em saúde para a região central do estado. As descendentes de Astrogildo de Azevedo, Aura de Azevedo Guido e Laura de Azevedo Liechavicius estavam emocionadas com a homenagem ao avô, considerado um dos maiores benfeitores à saúde de Santa Maria, além de seu importante legado à Medicina gaúcha, que foi citada em pesquisa que será publicada em outubro intitulada "Complexo Hospitalar Dr. Astrogildo de Azevedo - 120 anos", tendo o arquiteto e urbanista santa-mariense Alex Scherer como um dos organizadores do material histórico.

#NATURE


#Our World in Data

More of our recent work

How many animals get slaughtered every day?
The Global Terrorism Database: how do researchers measure terrorism?
How do researchers estimate the death toll caused by each risk factor, whether it’s smoking, obesity, or air pollution?
How are causes of death registered around the world?
Risk ratios, odds ratios, risk differences: How do researchers calculate the risk from a risk factor?
#

NEURAL NETWORKS | ALL TOPICS

 

Tiny Language Models Thrive With GPT-4 as a Teacher

By BEN BRUBAKER

To better understand how neural networks learn to simulate writing, researchers trained simpler versions on synthetic children’s stories.

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OPTICS

 

Physicists Who Explored Tiny Glimpses of Time Win Nobel Prize

By CHARLIE WOOD

The development of attosecond pulses of light allowed researchers to explore the frame-by-frame movement of electrons.

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Alchemy Arrives in a Burst of Light

By Philip Ball (2020)

IMMUNOLOGY

 

Nobel Prize Awarded to mRNA Vaccine Scientists

By YASEMIN SAPLAKOGLU

Katalin Karikó and Drew Weissman made discoveries that led to the development of mRNA vaccines, such as those that protect against Covid-19.

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What Has Covid-19 Taught Us About Vaccines?

From “The Joy of Why” podcast

CHEMISTRY

 

Nobel Prize Honors Inventors of ‘Quantum Dot’ Nanoparticles

By YASEMIN SAPLAKOGLU

The Nobel Prize in Chemistry has been awarded to three researchers who harnessed the quantum behaviors of semiconductor nanocrystals.

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Qubits Can Be as Safe as Bits, Researchers Show

By Mordechai Rorvig (2022)

Around the Web

It's a Vibe
Baryon acoustic oscillations — fluctuations in the density of matter in the universe — started out tiny. Then, when the universe expanded, they grew to create the large-scale structure of the universe. For BBC, Patchen Barss explains what the fluctuations can tell us about inflation and dark energy. They are apparent in the ancient light emitted when our universe was just 380,000 years old. In 2020, Charlie Wood explained in Quanta how this “cosmic microwave background” reveals details about dark matter and dark energy.

Bridge Construction
The Langlands program connects seemingly unrelated branches of mathematics. The mathematician Edward Frenkel explains this pursuit of the “grand unified theory of mathematics” for Numberphile. In a 2022 video for Quanta, the mathematician Alex Kontorovich explained how the Langlands program has enabled novel solutions to old problems.

#https://www.letemps.ch/

Le Nobel à Narges Mohammadi ou comment récompenser la dignité humaine

ÉDITORIAL. Vendredi, la militante iranienne des droits humains a obtenu le Prix Nobel de la paix. Elle incarne cette société iranienne éduquée, ouverte et moderne. Fort d’un appareil répressif puissant, le régime ne pourra toutefois pas maintenir en permanence la société dans une camisole de force

Narges Mohammadi à Téhéran, en Iran, en 2021. — © Reihane Taravati / keystone-sda.ch
Narges Mohammadi à Téhéran, en Iran, en 2021. — © Reihane Taravati / keystone-sda.ch

#POP Mech

Necrobioma

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