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Wednesday, August 07, 2019

2.5 milhões de anos

Diáspora há 2,5 milhões de anos

Artefatos de pedra lascada achados na Jordânia seriam indício de saída de humanos arcaicos da África 400 mil anos antes do que se pensava
Exemplares de pedra lascada escavados no vale do rio Zarqa
Fabio Parenti / UFPR | Leonor Calasans / IEA-USP | Léo Ramos Chaves
Um grupo de arqueólogos e geólogos de universidades brasileiras afirma ter descoberto os mais antigos indícios da saída de hominídeos da África, considerada o berço da humanidade. As camadas geológicas em que foram encontrados seixos lascados e lascas, oriundos de escavações feitas entre 2013 e 2016 no vale do rio Zarqa, na Jordânia, foram datadas por três métodos distintos e atingiram a idade máxima de aproximadamente 2,5 milhões de anos. Se os dados estiverem corretos, esses artefatos líticos teriam sido produzidos pelas mãos de humanos arcaicos pertencentes a populações de Homo habilis, a primeira espécie conhecida do gênero Homo, 400 mil anos antes do registro considerado até agora como o mais antigo da presença de hominídeos fora do continente africano. “Nosso estudo muda a história da humanidade em quase meio milhão de anos”, afirma o bioarqueólogo Walter Neves, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), coordenador da equipe que fez as pesquisas na Jordânia e escreveu um artigo científico sobre os achados. A área do vale do rio Zarqa em que foram encontradas as pedras lascadas dista cerca de 40 quilômetros de Amã, a capital jordaniana, e hoje é circundada por projetos agrícolas e cidades.

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