Resultado de pesquisa da AMICOR Dra. Sandra Fuchs
Trabalhador está acima do peso
MARCELA DONINI
Acima do peso adequado e comendo mal, grande parte dos industriários do país deve mudar seus hábitos se quiser evitar doenças cardiovasculares.A recomendação é resultado do Estudo Sesi - Perfil Epidemiológico de Fatores de Risco para Doenças Não-transmissíveis em Trabalhadores da Indústria do Brasil, apresentado no sábado, durante o 15° Congresso Brasileiro de Hipertensão, em Recife (PE).O excesso de peso é a característica mais preocupante entre os 4.818 trabalhadores entrevistados, segundo a epidemiologista da pesquisa e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Sandra Fuchs. Comparável ao índice referente à população geral dos Estados Unidos, país com maior número de obesos no mundo, os 49,7% dos industriários de mal com a balança surpreenderam os pesquisadores.- Os trabalhadores deveriam ser mais saudáveis do que o restante da população justamente por terem saúde para trabalhar - observa.Estudo deve mudar rotina nas empresasSegundo o Estudo Sesi, 51,3% dos homens industriários e 45,1% das mulheres estão acima do peso ideal. A hipertensão arterial, outro fator de alto risco para doenças do coração, foi registrada em 26,3% dos entrevistados. Com o excesso de peso, o padrão alimentar inadequado forma uma péssima combinação. A pesquisa revelou que 46,1% dos homens e 34,5% das mulheres não comem nenhuma porção de frutas ou legumes por dia, quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de cinco porções diárias para prevenir alguns tipos de câncer e doenças do coração. Após a coleta de informações, os entrevistados foram submetidos a intervenções, como palestras de conscientização sobre a redução de peso, atividades físicas e dieta balanceada. O objetivo é ampliar as ações a todos industriários do Brasil.Em fase de correção, o estudo se iniciou em 2001 e foi desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Organização Pan-americana de Saúde e o Ministério da Saúde. O texto deve ser publicado este ano e apresentado à Confederação Nacional das Indústrias para que, definido o perfil dos trabalhadores, seja possível mudar algumas rotinas nas empresas.( mailto:%20marcela.donini@zerohora.com.br )
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