ZH: 26 de setembro de 2009 | N° 16106AlerURBANISMO
De: LUIZ CARLOS DA CUNHA *
* Doutor e livre docente da Faculdade de Arquitetura da Ufrgs, ex-professor titutlar da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília, autor de “Dialética Urbana” (EdiPucrs)
O que molda nossas cidades
Dando continuidade à discussão sobre a arquitetura de Porto Alegre, que teve início com texto do professor Luís Augusto Fischer (publicado no caderno Cultura de 8 de agosto) e prosseguiu com artigo do arquiteto Edson Mahfuz, o arquiteto Luiz Carlos da Cunha lembra que o aspecto de uma cidade reflete o nível cultural da cultural da sociedade
“Non alcior solis tolendus”
Esta epígrafe definia o princípio fundamental do urbanismo romano: “Não me tolhas o sol”. Roma obedecia esse imperativo legal no processo de ocupação do solo urbano. A liberdade de acesso à luz solar pressupunha o privilégio da anterioridade; isto é: a ordenação da sequência construtiva, impondo o resguardo ao “direito solar” da edificação já existente, por parte daquela subsequente. Era simples e objetiva. Tal princípio regia a altura. Como os romanos criaram o quarteirão, o traçado viário de quatros lados iguais ocupados pelas edificações, padronizava-se a altura a fim de atender ao preceito primordial. Se apreciarmos o traçado das cidades europeias e as do Novo Mundo, herdeiras culturais da civilização greco-romana, atesta-se a geometria quadrática da verve romana. A democracia solar assegurou-se pela padronização de seis pavimentos em Paris e Londres./.../
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