Porque Sindicato?(Aloyzio Achutti)
Perguntei-me - Porque Sindicato - ao aceitar convite para compor de novo uma das listas que concorrem neste ano às eleições do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul.
Estamos ambos (eu e minha esposa) aposentados dos empregos públicos e com mais de cinquenta anos de exercício profissional. Não temos mais patrão. Fomos professores em universidades. Socios remidos da Associação Médica, onde já tive várias funções em diretorias (até Vice-Presidente). Conselheiro do CRM em duas gestões. Membro emérito da Academia (onde exerci a presidência). Agora, concordei novamente em participar da Chapa 1 do SIMERS.
Além de me sentir honrado por estar junto a brilhantes e eficientes colegas, pensei em outras razões mais fortes para não me conformar com a condição de remido.
Fugindo de idéias retrógradas e aderindo à evolução natural em constante mudança da ordem social, mesmo assim é preciso reconhecer o abalo da relação médico-paciente - peça fundamental de nossa profissão - com a intromissão de terceiros, sejam patrões, chefias, coordenadores, supervisores, gestores, mantenedores, financiadores, promotores, etc...
O desenvolvimento científico-tecnológico aumenta o poder do ato médico, mas com a compartimentalização das especialidades, enfraquece enormemente a medicina, deixando-a extremamente vulnerável, a ponto da despersonalização do profissional, focando a atenção nas máquinas, drogas e instituições.
O aumento do número de médicos, facilita o trabalho em equipe e a super-especialização, mas reduz o conhecimento e o controle de todo o processo no qual atuamos, confundindo também a sensação de responsabilidade, em geral compartilhada, e nem sempre bem definida.
Está na própria razão de ser do sindicato a congregação de todos nos médicos, independentemente de especialização ou de domínio, para devolver-nos, até onde for possível, o poder de controle sobre os processos nos quais atuamos.
Esta necessidade já foi sentida há vários séculos quando surgiram as corporações profissionais, sendo a dos médicos uma das pioneiras, visando o controle da qualidade, do acesso, e da justa remuneração do trabalho. O sucesso foi logo copiado pelas corporações mercantís que acabaram controlando tudo, até a academia e a política.
O sindicato tem a potencialidade de reunir restos esparsos de poder da corporação médica para dialogar, e se for necessário, fazer face às corporações do mercado, para defender o primado dos interesses e da saúde das pessoas ao serem atendidas por seus médicos.
A relação individualizada e interpessoal - médico-paciente - tende a distrair nossa atenção do todo, alijando-nos da percepção do poder que reside na necessidade potencial que todas as pessoas em geral têm na vida de assistência médica. A corrida atrás da atualização científica e tecnológica também funciona como distrator distanciando-nos de procurar por nossos interesses profissionais.
Já se disse que nos propomos a resolver um dilema ao tentar compatibilizar interesses muitas vezes irreconciliáveis: do paciente, da ciência e da profissão. Tudo isso colocado no cenário do mercado, deixa-nos totalmente impotentes individualmnte, e clama por uma união sindical.SOLIDEZ E RESULTADO
O MAIOR SINDICATO MÉDICO DA AMÉRICA LATINA
Esta é uma chapa independente.
Não temos subordinação a empresas nem a partidos políticos.
Nosso único compromisso é com o médico.
Não temos subordinação a empresas nem a partidos políticos.
Nosso único compromisso é com o médico.
Recebemos um sindicato com cerca de 2 mil associados. Hoje somos mais de 14 mil, e com aprovação de mais de 90% dos associados. Com trabalho, dedicação e seriedade construímos o maior sindicato médico da América Latina.
CREDIBILIDADE E INOVAÇÃO
Agora somos ouvidos e respeitados pela sociedade e nos tornamos o sindicato de maior credibilidade pública no Estado.
A inovação é a nossa marca.
Somos a única entidade médica a oferecer um plantão 24 horas com diretor, advogado e jornalista em todo o Rio Grande do Sul.
Temos o maior e mais especializado serviço de defensoria jurídica.
Nossa presença firme na mídia, nossas posições fortes e a seriedade das propostas têm deixado claras as posições dos médicos.
E estamos apenas iniciando. Temos enormes desafios no horizonte. Mas os vemos como oportunidades de fortalecer e ampliar as lutas pela implantação da CBHPM, pelaremuneração digna, pela melhoria das condições de trabalho e de segurança, e pelos planos de carreira.
Já impedimos na Justiça que enfermeiras façam diagnóstico e solicitem exames.
Vamos intensificar a defesa da área de atuação do médico e fazer valer nossa complexa e extensa formação, comparada às outras áreas da saúde.
Representaremos com energia e vigor a nossa categoria médica.
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