ALOYZIO ACHUTTI
Médico
A designação para a espécie humana pode estar certa, mas como um projeto, ainda longe de estar concluído. Basta ler as manchetes e circular por aí. Nosso comportamento é ainda muito selvagem, violento, predador, ladrão e irracional.
No caminho da evolução, ainda estamos engatinhando e com instintos muito primitivos, inadequados para o tipo de vida que afirmamos ser nossa escolha: civilizada, doméstica e cada vez mais urbana.
A evolução, a seleção natural e a adaptação das espécies têm uma força muito grande, mas exigem tempo e longa experiência de várias gerações para imprimirem sua marca em nossos genes, escolherem os mais adequados e deletarem os que não prestam. Nossa presunção é de que somos obra acabada e que não necessitamos mais evoluir. Participamos do mesmo processo universal, com pequenas diferenças, embora sujeitos às mesmas leis naturais. Além de estarmos submetidos, temos uma ingerência também como protagonistas, somos capazes de interferir no processo, nem sempre no bom sentido. Sábios, fazendo as escolhas mais acertadas, só quando formos domesticados e abandonarmos a selvageria.
Quanto do que nos vangloriamos como conquistas nossas racionais não passam de forças naturais de adaptação evolutiva?
Em artigo do dia 24 de novembro do New York Times, “Our cats, ourselves” (Nossos gatos, nós mesmos), Razib Khan tece considerações em torno de resultados de uma pesquisa de geneticistas que comparam a domesticação de nossos gatos (com 9,5 mil anos) com a de nossos cães (com 30 mil anos), fazendo importante diferença no comportamento desses animais.
Nós mesmos estamos também num processo evolutivo semelhante de domesticação, com uma experiência muitíssimo mais recente, embora progressiva, para um modo de vida urbano.
Provavelmente, evoluímos de “homo domesticus” para “homo urbanus”, mas falta-nos muito ainda para merecermos o rótulo de “homo sapiens”.
Com persistência, coragem e um pouco de sorte, chegaremos lá…
No caminho da evolução, ainda estamos engatinhando e com instintos muito primitivos, inadequados para o tipo de vida que afirmamos ser nossa escolha: civilizada, doméstica e cada vez mais urbana.
A evolução, a seleção natural e a adaptação das espécies têm uma força muito grande, mas exigem tempo e longa experiência de várias gerações para imprimirem sua marca em nossos genes, escolherem os mais adequados e deletarem os que não prestam. Nossa presunção é de que somos obra acabada e que não necessitamos mais evoluir. Participamos do mesmo processo universal, com pequenas diferenças, embora sujeitos às mesmas leis naturais. Além de estarmos submetidos, temos uma ingerência também como protagonistas, somos capazes de interferir no processo, nem sempre no bom sentido. Sábios, fazendo as escolhas mais acertadas, só quando formos domesticados e abandonarmos a selvageria.
Quanto do que nos vangloriamos como conquistas nossas racionais não passam de forças naturais de adaptação evolutiva?
Em artigo do dia 24 de novembro do New York Times, “Our cats, ourselves” (Nossos gatos, nós mesmos), Razib Khan tece considerações em torno de resultados de uma pesquisa de geneticistas que comparam a domesticação de nossos gatos (com 9,5 mil anos) com a de nossos cães (com 30 mil anos), fazendo importante diferença no comportamento desses animais.
Nós mesmos estamos também num processo evolutivo semelhante de domesticação, com uma experiência muitíssimo mais recente, embora progressiva, para um modo de vida urbano.
Provavelmente, evoluímos de “homo domesticus” para “homo urbanus”, mas falta-nos muito ainda para merecermos o rótulo de “homo sapiens”.
Com persistência, coragem e um pouco de sorte, chegaremos lá…
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