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Sunday, November 11, 2018

Controle Tabagismo BR - 40 anos

No dia 05 p.p. Houve um simpósio no Rio de Janeiro, na FIOCRUZ para celebrar  40 anos de Controle do Tabagismo no Brasil. Atendendo solicitação dos organizadores enviei um pequeno vídeo como um dos testemunhas dos primeiros passos, cuja transcrição segue abaixo.

https://youtu.be/p9cERdPrb4U

Um dos marcos iniciais na determinação dos riscos do tabagismo foi o estudo
sobre a mortalidade de médicos Britânicos e o hábito de fumar publicado por
Richard Doll em 1954  (quando fazia um ano de meu ingresso na Faculdade
de Medicina). Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente mais adiante
em Londres, quando ele apreciou uma publicação minha. Em 1964 (10 anos
depois) Luther Leonidas Terry, Surgeon General dos EEUU, divulgou o Report
“Smoking and Health” que causou impacto em todo o mundo, mas até então
nós fumavamos em aula, os professores também, e os pacientes nas enfermarias.
Em 1992 tive a grande satisfação de ser um dos quatro Editores Seniores de fora
dos EEUU,  para o mesmo Report que se renovava a cada ano, mas desta vez
olhando também para fora do país “Smoking in the Americas” em dois volumes,
em colaboração com a OPAS. Vera da Costa e Silva colaborou com os dados de
nosso país.
Minha perspectiva profissional - na década de 60 - estava voltada para Cardiologia
Pediátrica e Cirurgia Cardíaca que recém se iniciava no RS, A Associação
Médica do RS, principalmente com Mário Rigatto - a quem sucedi na coordenação
da Comissão Científica - foi um dos polos nacionais preocupados com o tabagismo.
Eu também trabalhava com Escolares, primeiro objetivo de um programa pioneiro
no país de Saúde Pública em Cardiologia, nas Secretarias da Saúde e de
Educação do Estado em 1972, A partir dos Escolares, em 1978 nos estendemos
para a prevenção de outros Fatores de Risco e  Doenças Não Transmissíveis,
incluindo a Prevenção do Tabagismo (o que valeu para nossa equipe o primeiro
Prêmio AMB de Medicina e Saúde Pública 1985).
Criou-se um clima propício e consciência coletiva, permitindo a restrição do uso
do cigarro nos Hospitais e Serviços de Saúde, depois em todos os ambiente
públicos fechados, e nos transportes coletivos, Outros Estados se mostraram
interessados e, por fim, o Ministério da Saúde se dispôs a assumir uma importante
posição pró-ativa. Na Organização Mundial da Saúde tive a satisfação de colaborar
durante duas décadas no Comité de Especialistas sobre Fumo ou Saúde.

Hoje o controle do tabagismo está definitivamente incorporado às ações de
Promoção da Saúde, contando com o esforço e a colaboração de muita gente,
não somente da Área da Saúde, em busca de uma Cultura livre do Tabaco.

Referências bibliográficas:


Imagens:








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