Elaborada em 1998 a partir de imagens de satélite da NASA, a projeção esférica da Terra mostra a capital gaúcha no centro do mundo. A representação estampa as primeiras páginas do Atlas Ambiental de Porto Alegre por uma razão: lembrar o leitor de que, para aprender sobre o ambiente em que vivemos, devemos começar pelo local em que estamos. Essa é umas das principais mensagens do livro produzido ao longo de quatro anos e nove meses, e que revela a evolução natural da paisagem, dentre muitos fatos científicos.
A obra foi resultado de uma parceria firmada entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com vários institutos capitaneados pelo Instituto de Geociências, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, especialmente por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Ciência do lugar
Viabilizado por meio de patrocínios de empresas privadas e verbas da Prefeitura
, o mapeamento do ambiente conta uma história natural de 800 milhões de anos, começando pelas rochas mais antigas e passando pela geomorfologia, hidrografia, fauna e flora, até a urbanização de Porto Alegre. O projeto teve início em 1994 e reúne descobertas científicas importantes em diversas áreas do conhecimento, feitas até final do século passado. "Só podemos amar de verdade aquilo que a gente conhece, e o Atlas Ambiental de Porto Alegre é a mais completa narrativa, é o mais completo conjunto de dados que uma cidade pode ter", afirma o coordenador-geral da obra, Rualdo Menegat,professor de geologia da UFRGS.
No comments:
Post a Comment