Tive também diversos encontros na vida com o Cláudio: no Projeto de Análise Institucional da SSMA, depois quando apresentei meu projeto de Programa de Prevenção da Febre Reumática, posteriormente no IPB na identificação dos Estreptococos e num projeto frustrado para determinação da prevalência de infecção estreptocócicas em escolares de Porto Alegre, ainda, enquanto na OPAS em diversas oportunidades e como cliente até que teve sua valvulopatia reumática operada no IC, o que lhe rendeu mais alguns anos de vida.
A última vez que o encontrei foi no lançamento do livro do Eduardo Costa, na Assembléia Legislativa no ano passado. Estava com aparência muito boa e, como sempre, alegre.
Mais um que nos deixa da presença física, mas também nos deixa um legado inestimável.
De: Jair Ferreira
Data: 28 de agosto de 2012 11:50
Assunto: [Falecimento de um Grande Sanitarista
Colegas do DMS
Faleceu hoje o Dr. Cláudio Marcos da Silveira, sanitarista gaúcho que se destacou em várias áreas. Ele foi Diretor do LACEN (na época IPB) e Secretário Municipal da Saúde nos dois primeiros anos do Prefeito Collares (ele era filiado ao PDT). Seus maiores feitos, entretanto, deram-se na área do controle e erradicação de doenças infecciosas. Ele participou , com outros sanitaristas gaúchos notáveis, da criação do Sistema de Vigilância Epidemiológica das doenças transmissíveis que, por muito tempo, foi modelo para o Brasil. Foi este grupo comandou as ações que levaram à erradicação da varíola no RS em 1970 e forneceu a base para a erradicação da pólio na década de 1980. Não bastassem todas essas atividades de coordenação, ele também foi um homem da “linha de frente”. Como consultor da OMS, participou da erradicação da varíola em países como Bangladesh e Somália, vacinando populações nômades ou que viviam em locais de difícil acesso, permanecendo meses em acampamentos no interior desses países. Mais tarde, fez trabalhos semelhantes no combate à Pólio. Foi condecorado pela OMS com a “Ordem da Agulha Bifurcada”, por sua contribuição na erradicação mundial da varíola. No Brasil, contraiu malária, combatendo essa doença no interior da Amazônia. Era uma pessoa simples que nunca fez autopromoção. Grande colega de profissão e de mesa, tomando um “chops”. Faço aqui um tributo à sua trajetória e seu eterno bom humor. Abração.
Jair
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