Palavras como representante do Programa dePesquisa e Extensão sobre Saúde Urbana da UFRGS no evento promovido pelo Instituto ETHOS no dia de hoje
Em nome do grupo transdisciplinar do
Programa de Extensão sobre Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdade de nossa
Universidade Federal do Rio Grande do Sul desejo saudar a organização Ethos,
suas parceiras, nossos candidatos e nossa gente.
A Universidade se propõe a reunir uma
reserva de conhecimento e técnicas capazes de preparar recursos humanos e
contribuir para o desenvolvimento de um mundo melhor. Não pode ser uma torre de
marfim. Não pode ser um refúgio para ocultação nem para a alienação da ciência.
Essa a inquietação que move nosso programa, que coincide em muitos pontos com
os propósitos dos organizadores deste evento, e nos faz participar do mesmo
juntamente com os candidatos que pretendem dirigir nossa política pelos
próximos anos.
Já nos colocamos num patamar onde a
observação não pode ficar focada isoladamente em moléculas, células, órgãos e
indivíduos ou no macrocosmo distante, mas onde o projeto humano hoje se
processa: no aglomerado urbano.
As olimpíadas e o esporte carregam a magia
de polarizar as massas e estimular os exercícios e pratica de esportes,
contrapondo-se aos inconvenientes do sedentarismo ao qual podem ser atribuídos
riscos à saúde, conforme foi recentemente demonstrado por trabalho acadêmico de
gaúcho da Universidade de Pelotas (Professor Halal), publicado em revista
altamente conceituada, e largamente valorizado pela mídia internacional.
Existem inúmeros exemplos a serem
multiplicados de como o esporte pode ter função de inclusão social,
constituindo-se numa estratégia viável para a redução da desigualdade. É também
um derivativo eficiente para canalização das pulsões que levam à violência e ao
comportamento anti-social.
Entretanto a competição pode estimular
também a voracidade e salientar a desigualdade, além do que, a busca dos
extremos, também no exercício físico não traz benefícios à saúde. A
demonstração momentânea de performance e competência, assim como boas intenções
e promessas não bastam para assegurar o bem estar, e somente a sustentabilidade
e a continuidade das ações, a solidariedade e o apoio mútuo (como a prática em
equipe) é que determinam o sucesso.
É do equilíbrio na prática dos esportes,
assim como na discussão dos interesses políticos e na boa aplicação dos recursos
orçamentários, que se pode desenvolver uma sociedade saudável, mais humana e
feliz.
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