Já deu resultado a provocação do Romildo.
Havendo mais mensagens como a da Ines, podemos tentar consolidar depois o conjunto, com mais contribuições.
De: Ines Lessa [mailto:ines@lessa.org]
Enviada em: domingo, 20 de maio de 2007 19:39
Para: aloyzio.achutti@terra.com.br
Assunto: Re: [2350 - AMICOR10 - 20/05/2007]
Tendências na Mortalidade regional por DCV no BR
Caros AMICOR,
Sem, refletir muito poderíamos pensar em muitos vieses. Como o Romildo muito bem colocou, o SUS não fornece hipolipemiantes a quase nenhum segmento da sociedade, excetuando-se para diabéticos , de modo parcial , em alguns estados ou nas capitais (será que fornece para todos os grupos de risco no S e SE?) ; não temos estatísticas que mostrem comportamento de fatores de risco, pois o maior estudo brasileiro do governo foi o do INCA e o diabetes e a HA foram auto-referidos. Ainda não dispomos de repetições para conhecer qualquer tendência.Fizemos um trabalho sobre validação das declarações de óbito para DIC, especialmente o IAM. Ainda não foi encaminhado para publicação, porém há muita superestimativa em 4 das 5 capitais estudadas (dois do NE, um Norte, um C-O ; a do Sudeste foi mesmo a melhor, com superestimativa bem mais reduzida. O trabalho também não fecha o Brasil, mas as suspeitas se confirmaram: Será que estão preenchendo melhor as DOs pelo Sul e Sudeste, excluindo-se diagnósticos fictícios ?? Será que essa prética se ampliou para o lado de cá (N e NE) por questões das dificuldades de acesso à assistência? Muitos dos óbitos por DIC assinalados como hospitalizados não correspondem à realidade!Pode-se questionar para o S e SE se os programas preventivos estão, de fato, funcionando (pode ser), e se tratamentos com melhor prognótico para pessoas hospitalizadas por DAC são também accessíveis à população SUS (!!) Podemos lembrar também que a maioria da população do S e SE tem planos de saúde, enquanto por cá é a minoria.Se os estudos para tendência de morbidade são tão caros, os estudos de avaliação dos programas de prevenção que estão por aí poderiam ser um dos caminhos para julgar reflexos sobre complicações cardiovasciulares, enquanto estudos amplos e mais detalhados sobre mortalidade hospitalar , poderiam ajudar a explicar essas possíveis mudanças da mortalidade, especialmente em Serviços SUS.Outras possibilidades ficam para reflexões mais complicadas, como a interferência do envelhecimento populacional e os denominadores das taxas de mortalidade no S e Se e nas demais regiões.
Ines Lessa
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