Artigo de Revisão
Prêmios Nobel: Contribuições para a Cardiologia
Nobel Prizes: Contributions to Cardiology
Evandro Tinoco Mesquita, Luana de Decco Marchese, Danielle Warol Dias, Andressa Brasil Barbeito, Jonathan
Costa Gomes, Maria Clara Soares Muradas, Pedro Gemal Lanzieri, Ronaldo Altenburg Gismondi
Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ – Brasil
Palavras-chave
Cardiologia; Prêmio Nobel; História; Doenças
Cardiovasculares/tendências.
Correspondência: Ronaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi •
Universidade Federal Fluminense. Rua Ministro Otávio Kelly, 185/701, Icaraí.
CEP 24220-300, Niterói, RJ – Brasil
E-mail: ronaldo@floralia.com.br, ronaldogismondi@gmail.com
Artigo recebido em 22/11/14; revisado em 09/02/15; aceito em 11/02/15.
DOI: 10.5935/abc.20150041
Resumo
O Prêmio Nobel foi criado por Alfred Nobel. Os primeiros
prêmios foram entregues em 1901, e o primeiro ganhador na
área da medicina foi Emil Adolf von Behring, por seus trabalhos
com soro antidiftérico. Na cardiologia, o conhecimento da
história do Prêmio Nobel ajuda a entender a importância dos
avanços fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos realizados
ao longo dos últimos 120 anos. O objetivo do presente estudo
foi revisar as principais descobertas científicas contempladas pelo
Prêmio Nobel, que contribuíram para avanços no estudo da
cardiologia.
Além disso, apresentamos a hipótese pela qual Carlos
Chagas, um dos nossos mais importantes cientistas, não recebeu
o Prêmio Nobel em duas ocasiões.
A partir de uma revisão não
sistemática sobre os Prêmios Nobel, foram selecionados, entre os
laureados, os principais estudos com relevância para as doenças
cardíacas. No período entre 1901 e 2013, 204 pesquisadores,
em 104 prêmios, foram premiados na categoria Medicina ou
Fisiologia, dos quais 16 estudos (15%) tiveram importância na
área da cardiologia. Foram 33 (16%) premiados, sendo apenas
duas (6%) mulheres. Em relação ao local de nascimento, 14 (42%)
eram norte-americanos, 15 (45%) europeus e quatro (13%)
de outros países.
Apenas um laureado nasceu no Brasil: Peter
Medawar, cuja carreira se deu toda na Inglaterra. A revisão da
história do Prêmio Nobel na área de medicina ou fisiologia
possibilitou identificar pesquisadores e estudos que contribuíram
para avanços no diagnóstico, prevenção e tratamento das
doenças cardiovasculares. A maioria dos laureados eram
norte-americanos e europeus, e do sexo masculino.
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