ED. 248 | OUTUBRO 2016
© A. FUJI / ESO A galáxia vista do hemisfério Sul: distância e brilho de 1,14 bilhão de estrelas
Em 13 de setembro, a Agência Espacial Europeia (ESA) liberou para a consulta de astrônomos e curiosos os dados preliminares do maior mapeamento já realizado das estrelas da Via Láctea, a galáxia que abriga o Sistema Solar. Colocado em uma larga órbita ao redor do Sol, o satélite Gaia vem tirando fotos de altíssima resolução de todo o céu desde julho de 2014. Até setembro de 2015, a missão havia obtido imagens que permitem calcular a distância e o brilho de 1,14 bilhão de estrelas, aproximadamente 1% do total que se calcula existir na galáxia. Ao confrontar os dados coletados pelo Gaia com os do mapeamento do céu feito nos anos 1990 pelo satélite Hipparcos, também da ESA, os astrônomos conseguiram estabelecer com um nível de precisão jamais alcançado a distância e o movimento de 2,5 milhões de astros da Via Láctea. Cinco brasileiros participam do projeto Gaia, que deve disponibilizar a distância precisa de mais estrelas até o final de 2017. No início do mês passado, outro grupo, que conta com os astrônomos Silvia Rossi e Rafael Santucci, da Universidade de São Paulo (USP), publicou o cálculo das idades de 130 mil estrelas da Via Láctea. O resultado, que ajuda a entender a formação da galáxia, mostra que as estrelas mais antigas estão na região central e as mais novas, na periferia (Nature Physics, 5 de setembro).
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