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Thursday, June 18, 2009

Combater a poluição luminosa ― um malefício para a economia, o ambiente e a astrofísica― é mais simples do que se pensa

O direito à escuridão noturna
Augusto Damineli Edição Impressa 160 - Junho 2009 Pesquisa FAPESP -
© C. Mayhew & R. Simmon (NASA/GSFC), NOAA/ NGDC, DMSP Digital Archive
Composição de images de satélites: manchas luminosas definem as zonas urbanas

A poluição luminosa tem sido negligenciada pelo poder público e pelos ambientalistas. Os astrônomos têm lutado contra ela há mais de um século, sem muito sucesso. Ela traz 3 malefícios: desperdício econômico, impacto negativo sobre a fauna noturna e apagamento dos astros. Seu combate é mais simples do que para os outros tipos de poluição.

As fotos de satélites (ao lado) mostram manchas luminosas que definem perfeitamente as zonas urbanas, indicando que parte significativa da luz noturna é lançada acima do horizonte. As avaliações feitas nos Estados Unidos contabilizam que 30% da iluminação pública é desperdiçada dessa forma, num montante de US$ 2 bilhões anuais. Esse padrão se repete em todo o resto do globo terrestre, resultando em dezenas de bilhões de dólares literalmente jogados ao espaço. Só esse fato mereceria uma racionalização da iluminação pública. Mas existem outras razões importantes: ninguém ganha nada com esse desperdício, o contribuinte paga a conta em dinheiro, o meio ambiente perde muitas vidas e nós perdemos o acesso a incríveis laboratórios de física disponíveis no Universo./.../

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