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Friday, June 09, 2017

Tabagismo

Teresa Santos (colaborou Dra. Ilana Polistchuck)
NOTIFICAÇÃO
|2 de junho de 2017
Despesas médicas e perda de produtividade devido ao tabagismo causam um prejuízo anual para o Brasil de R$ 56,9 bilhões[1]. Como a arrecadação de impostos com os cigarros gera cerca de R$ 13 bilhões ao ano, apenas 23% das perdas acabam sendo cobertas. Os dados são do estudo Carga de doença atribuível ao uso do tabaco no Brasil e potencial impacto do aumento de preços por meio de impostos, um documento técnico elaborado pelo Instituto de Efectividad Clínica y Sanitária (IECS), da Argentina, com apoio do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Essas e outras informações foram apresentadas em cerimônia realizada nessa quarta-feira (31) pelo INCA e pelo Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
Segundo a economista Márcia Pinto, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) da Fiocruz, a investigação, que utilizou dados de 2015, mostra que 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo, o que representa 12,6% de todos os óbitos que acontecem no país.
Observando as mortes anuais atribuíveis ao tabaco, estas somam 156.216, sendo que as doenças cardíacas respondem pela maioria (34.999 óbitos), seguidas por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com 31.120 mortes. Em conjunto, os óbitos decorrentes de doenças cardíacas, DPOC, câncer de pulmão e acidente vascular encefálico (AVE) representam 65% do total de mortes anuais relacionadas ao fumo.
Quando se considera toda a população brasileira, nota-se que, a cada ano, são perdidos 4.203.389 anos de vida por morte prematura e incapacidade. Individualmente, esses dados indicam que uma mulher fumante perde 6,71 anos de vida, enquanto o homem perde 6,12 anos. Os ex-fumantes também sofrem consequências, sendo que a mulher perde 2,45 anos e o homem 2,66 anos de vida.
Dos R$ 56,9 bilhões perdidos anualmente com o fumo, mais de R$ 39 bilhões são gastos com assistência médica, e o restante – mais de R$ 17 bilhões – são decorrentes da perda de produtividade.
Márcia lembrou no evento que, se o Brasil aumentasse o preço dos cigarros em 50%, estima-se que, em 10 anos, seria possível evitar 136.482 mortes, 507.451 infartos agudos do miocárdio e eventos cardíacos, 100.365 AVEs, 64.383 novos casos de câncer e se deixaria de perder 4.076.353 anos de vida por morte e incapacidade. Ainda haveria ganho econômico de R$ 97,9 bilhões, visto que seriam arrecadados R$ 45,4 bilhões com a tributação adicional, somados a uma economia de R$ 32,5 bilhões nos custos em saúde e mais R$ 20 bilhões na perda de produtividade evitada.
De forma geral, a pesquisa, que foi financiada pelo INCA por meio de um acordo técnico com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), e pelo International Development Research Centre (IDRC), do Canadá, mostra que o tabagismo tem elevado impacto econômico para a sociedade brasileira, representando 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e 8% de todo o gasto em saúde.
Andrés Pichon-Riviere, do IECS da Universidade de Buenos Aires, lembrou que esse estudo foi fruto de uma colaboração internacional que, em um primeiro momento, desenvolveu e validou um modelo econômico para estimar a carga do tabagismo e a custo-efetividade de intervenções para o controle desse hábito na América Latina./.../
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Indicado pelo AMICOR Roni Quevedo
CFM apoia programa da UCPel para combater o fumoImprimirE-mail
Qui, 08 de Junho de 2017 15:40
O Programa UCPel Mais Saudável, da Universidade Católica de Pelotas, está convidando empresas de todos os ramos para apoiar o projeto, através da produção e instalação de placas que divulgam a proposta e incentivam a prevenção ao tabagismo. Conta agora, também, com a parceria institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a divulgação da iniciativa.
Criado há 10 anos, o Fumo Zero visa eliminar o fumo tanto em ambientes abertos como fechados. O programa nasceu devido à iniciativa do Conselho Universitário e da Reitoria, diante de uma solicitação de alunos preocupados com o número de fumantes no ambiente universitário. Um intenso trabalho com divulgação de cartazes, esclarecimentos sobre os malefícios do tabagismo ativo e passivo foram desenvolvidos na instituição. A ação teve maior destaque em dezembro de 2013, quando a UCPel decidiu pela proibição do consumo de tabaco em todos os campi da Universidade, incluindo suas áreas abertas.
As ações do Fumo Zero obtiveram, inclusive, repercussão nacional. Devido a essa credibilidade, diversas empresas de Pelotas e região se juntaram ao programa para incentivar a prevenção e o controle ao tabagismo no município. O coordenador do projeto, médico Roni Quevedo, conta que foi através de visitas e conversas informais com os empresários que a expansão do projeto se deu. Atualmente, a lista já conta com 35 apoiadores e está crescendo. "Não temos foco no tipo de negócio, e sim na parceria e na preocupação do parceiro com a ação", destaca.
As empresas interessadas em aderir à parceria, podem entrar em contato com o coordenador do projeto, Roni Quevedo, através do e-mail    roni.quevedo@ucpel.edu.br ou pelo telefone (53) 2128-8067.
História – O Programa UCPel Mais Saudável tem uma caminhada longa, conforme lembra o coordenador, médico Roni Quevedo. "O projeto iniciou seu esboço quando alunos do curso de Psicologia solicitaram providências para combater o malefício", conta.
A partir de então, graças ao envolvimento de toda a comunidade acadêmica, do apoio de setores da Universidade e do então reitor, José Carlos Bachettini Júnior, foi possível tornar o programa realidade. "A atitude tomada pelo reitor de proibir o fumo inclusive em ambientes externos foi extremamente corajosa, um gesto de respeito ao ser humano", avalia Quevedo.
De acordo com o José Carlos Bachettini Júnior, uma universidade que se preocupa com as pessoas e que tem a área da saúde como um dos seus grandes pilares precisa ter programas que melhorem a qualidade de vida. "O UCPel Mais Saudável é um exemplo no Brasil inteiro", pontuou, na época do aniversário de um ano do programa, em 2013.
A campanha sugerida pelo Conselho Universitário para inibir o uso do tabaco nas dependências da UCPel, com todos os seus prédios adjacentes, teve o intuito de criar consciência entre os tabagistas da comunidade universitária (professores, funcionários e alunos) sobre os riscos desta prática para a saúde coletiva. A campanha deu lugar a um programa permanente com vistas à conscientização, apoio terapêutico e a proibição do uso do tabaco, em prol da valorização da vida e da qualidade de saúde da comunidade.
Ações – Entre as ações do programa oferecidas aos fumantes da comunidade da UCPel que desejam parar de fumar, há apoio espiritual e psicológico, orientação para prática de esportes, tratamento médico alopático e homeopático. Aqueles que não fumam também podem participar das atividades de conscientização sobre os malefícios do cigarro e do tabagismo passivo.


http://portugues.medscape.com/verartigo/6501238?src=mkm_latmkt_170609_mscpmrk_pttop5june_nl&uac=10857CK&impID=1364208&faf=1

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