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Saturday, June 24, 2023

3.142 - AMICOR (26)

 3.142 - AMICOR (26)

#Dra. Valderês Antonietta Robinson Achutti (*13/06/1931+15/06/2021)


Stockholm (1993), descançando no saguão do hotel

#Slideshow: 104 fotos de abertura Clicar em apresentação

# RE-PUBLICANDO artigo meu (ZH 17/02/1993)

A REPÚBLICA DE PLATÃO

 Aloyzio Achutti. Médico e professor universitário

            A comunidade científica hoje se constitui na contrapartida da República de Platão, recriada em nosso tempo. É o que diz o filósofo Americano contemporâneo Thomas K.Simpson.
            Cada vez (e não tem sido poucas as oportunidades) com que perplexo me deparo com a maravilha das realizações da ciência e tecnologia gerando riquezas e progresso,  coexistindo com a destruição e a violência das guerras declaradas ou não, com a miséria humana, a ignorância e a corrupção, me dá vontade de comentar esta ideia.
            O filósofo diz que a República foi concebida como uma cidade de justiça, de espírito comunitário, propícia para a saúde do corpo e da alma, onde a vida de seus cidadãos estaria fundamentada na razão como primeiro princípio, e não nas paixões e na fantasia.
            De fato, podemos ver no mundo de hoje uma enorme comunidade, sem a estrutura de estado, sem fronteiras nacionais, mas que se manifesta através de seus trabalhos, seus laboratórios, seus questionamentos multilaterais e relatos que se esforçam por serem orgainsados e imparciais.
            Continua o filósofo: naturalmente os cientistas carregam as feridas da humanidade, são movidos também pelo dinheiro, pelo poder, pela fama, além da má vontade que caracteriza não poucos.
            Apesar de tudo, podemos ver que foi essa enorme comunidade que contribuiu para quase todas as riquezas e desenvolvimento disponíveis na atualidade, sendo impossível imaginar um mundo sem os cientistas.
            Esta república no entanto encerra uma perversidade na própria dialética que permitiu a sua instalação. Ela coexiste (eu acrescentaria e colabora) com dois dos pecados mais arcaicos da humanidade: a prática da guerra, e a sistemática dominação de uma maioria, por uma minoria rica e hipócrita (tradução literal das palavras do filósofo Americano, um dos editores da Encyclopaedia Britannica).
            Quando examinamos a extensão da "República de Platão" pelo Brasil, tirando nossa recente aventura pela indústria bélica, parece não estarmos tão comprometidos assim com a primeira das perversidades. Mas da segunda, estamos todos lambuzados...
            Ao menos por dois motivos neste momento se justifica recorrer aos filósofos:
a) sempre que se fala em mudança de forma de governo (presidencialismo, parlamentarismo, monarquia...), vale a pena retornar à República; 
b) quando uma legítima representante da Academia (equivalente a dizer: cidadã da República de Platão recriada em nossos dias) ocupa o Ministério do Planejamento, e nos acena entre suas prioridades com um plano para combater a miséria (uma de nossas perversas características).
            Com respeito à primeira motivação é bom lembrar que não é a forma de governo que vai tornar real a República. O próprio Platão chegou a admitir a possibilidade de um tirano, contanto que fosse virtuoso.
            Com relação à segunda, não se pode perder mais esta chance. Um novo fracasso confirmaria a existência da perversidade. Não se pode esperar do governo o milagre. Temos todos os recursos de ciência e tecnologia acumulados e gerados em nossas universidades; sua aplicação nos mais diversos setores da atividade humana; fazendo-nos uma das dez maiores economias do mundo. Nós cidadãos da República de Platão, estamos mobilizados pela Ministra para uma tarefa que não poderá ser iniciada com o que, conforme disse o filósofo, habitualmente move o homem: o dinheiro, o poder, a fama e a má vontade.

            Eu diria, invertendo a ordem: se tivermos boa vontade para atender o apelo e dar início ao processo, bem logo seremos famosos por termos esmagado a perversidade; teremos o poder de uma família unida ao sanearmos os motivos de nossa guerra interna; e teremos muito mais dinheiro, na medida em que os dois terços de nossa população, atualmente marginalizada e sobrevivendo pelo expediente da economia informal, passar a produzir e se beneficiar de seu produto.

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MATERIALS SCIENCE | ALL TOPICS

 

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QUANTA SCIENCE PODCAST

 

The Cause of Depression Is Probably Not What You Think

Story by JOANNA THOMPSON;
Podcast hosted by SUSAN VALOT

Depression has often been blamed on low levels of serotonin in the brain. That answer is insufficient, but alternatives are coming into view and changing our understanding of the disease.

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Around the Web

Supernova-Sized Catastrophes
If the nearby star Betelgeuse eventually goes supernova, it won’t be catastrophic for life on Earth. But other supernovas can (and have) caused mass extinction events, as Matt O’Dowd explains for PBS Space Time. Muons produced during supernovas can blast through the atmosphere and damage living cells. In 2019, Rebecca Boyle reported for Quanta on research that suggested that cosmic muons were responsible for the extinction of many large prehistoric animals, including the megalodon.

Single-Photon Photosynthesis
Scientists have finally observed what they’ve long suspected: Only one photon is needed to kick off photosynthesis, as Emily Conover reports for 
Science News. The new technique used to observe the onset of photosynthesis could also be used to investigate the role of quantum physics in biology. Peter Byrne spoke with one of the authors, K. Birgitta Whaley, about this connection for Quanta in 2013.
#Pombinha Rola no HMV
Foto de autoria de minha filha Dra. Ana Lúcia Robinson Achutti, feita hoje nos jardins do Hospital Moinhos de Vento, mas não foi na maternidade...

#NAUTILUS

The Amazon River in the Sky

A single large tree in the Amazon rainforest can transpire about 264 gallons of water per day.
and the basin contains approximately 20 billion trees. This translates into billions of tons of water vapor rising every day from the Amazon canopy and flowing west—more than the amount of liquid water the Amazon River itself releases into the Atlantic Ocean each day.

#ZH - Ricardo Chaves

A colaboração a seguir nos foi enviada por José Antonio Brenner.

O último dia 20 assinalou os 165 anos do nascimento de João Daudt Filho, notável e benemérito cidadão santa-mariense.

Seu avô Johannes Daudt, a esposa e três filhos, oriundos da região do Hunsrück, junto ao Reno, chegaram à colônia alemã de São Leopoldo em 1826. Ali, nasceu João Daudt (pai), que casou com Catharina Haeffner, tendo o casal logo se estabelecido em Santa Maria, onde, em 20 de junho de 1858, nasceu seu primogênito, João Daudt Filho.

Ele foi o primeiro santa-mariense formado em Farmácia, em 1881, pelo curso da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Instalou a sua farmácia Daudt na Rua do Acampamento, em área cedida pelo Dr. Pantaleão José Pinto, junto ao seu consultório médico.

Autor de várias obras de benemerência na cidade, João Daudt Filho é mais lembrado como fundador do Theatro Treze de Maio, em 1890. Após sua extinção em 1916, o edifício teve vários usos, mas voltou a ser teatro em 1997, após total reconstrução no interior. Suas paredes externas estavam preservadas.

Daudt Filho teve outras meritórias ações. Ele foi decisivo para Santa Maria ser o importante entroncamento ferroviário, o que gerou extraordinário desenvolvimento à cidade. A construção da estação ferroviária não foi autorizada pelo proprietário dos terrenos, e os engenheiros decidiram construí-la em Cachoeira. João Daudt Filho então ofereceu permuta com seus terrenos mais centrais e bem mais valorizados, em benefício da cidade. Isso mexeu com os brios do proprietário, que voltou atrás. Uma rua estreita da pista oeste da então chamada Rua Cel. Valença foi aberta até a estação. Em 1910, a intendência iniciou, com caras desapropriações, a construção da pista leste daquela via, já então chamada Av. Rio Branco.

Os terrenos de João Daudt Filho com frente para a avenida não precisaram ser desapropriados. Em 1913, ele fez doação ao município de uma extensa área para a construção da pista leste. Na mesma época, doou terrenos para o prolongamento, a leste da avenida e da Rua Daudt, denominada em homenagem a seu pai, João Daudt, que fora comerciante, capitão da Guarda Nacional, vereador e, inclusive, presidente da Câmara (1882).

Em São Paulo, em 1969, uma via da Vila Nina, na Zona Norte, foi denominada Rua João Daudt Filho.

Na Rua Daudt, em Santa Maria, ele construiu, em 1937, o Dispensário João Daudt, estabelecimento de beneficência para consultas e medicamentos gratuitos aos enfermos pobres.

Perseguições políticas e policiais decorrentes das ações de Daudt Filho na busca de justiça pelo assassinato de seu cunhado Felipe Alves de Oliveira, a mando de Martin Hoehr, fizeram-no mudar-se, em 1893, para Porto Alegre, onde instalou sua farmácia na Rua dos Andradas. Na Capital, com outros dois colegas, projetou a criação da Escola de Farmácia, da qual se originou a Faculdade de Medicina de Porto Alegre.

Em 1912, João Daudt Filho mudou-se para o Rio de Janeiro, onde já havia instalado sua indústria farmacêutica. Anos depois, incluiu como sócios seu sobrinho formado em Farmácia, Felippe d'Oliveira, talentoso poeta santa-mariense, e seu irmão João Daudt d'Oliveira. A empresa Daudt, Oliveira & Cia., atual Laboratório Daudt, foi a primeira e hoje é uma das principais indústrias farmacêuticas do país.

Em 2022, recebi do colega arquiteto Alex Scherer a generosa doação de um cartão postal com a imagem do busto em bronze de João Daudt Filho. Obra de autoria do escultor português Rodolfo Pinto do Couto, diplomado com louvor na Academia Portuense de Belas Artes e morador do Rio de Janeiro desde seu casamento com a escultora brasileira Nicolina Vaz de Assis. Daudt Filho era amigo do casal. O busto está em local ignorado.

Considerações minhas, aproveitando o assunto: O autor, Arquiteto José Antônio Brenner, meu colega do curso secundário. Temos algumas origens comuns, a partir de duas irmãs que chegaram ao Brasil em 1828 com o pai Professor Johan Friederic Böbien. Meu pai Bortolo Achutti e minha Maria Helena Cechella Achutti, farmacêuticos também. Dr. Nicanor Letti +, com contribuições para a história da medicina, contava que João Daudt Fo. ajudara a financiar a revolução de 1930. Teria ficado rico com produtos farmacêuticos populares de sua empresa na época: Bromil, Pó Pelotense, pomada Boro-borácica, e o Elixir Saúde da Mulher. O último produto, por sua natureza, era composto com álcool, não somente apreciado pelas mulheres, tendo exportado em grande quantidade para os EUA, na época da Lei Seca...

#CHC da Santa Casa

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We published a major overhaul of our work on Mental Health


Explore global data on the prevalence of mental health illnesses, treatment, and public openness to talking about mental health.

We published a new topic page on Research & Development


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#MUHM (27/06/2023 17h)


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