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10:39 (há 21 minutos)
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Assisti online a um seminario promovido pela Rockfeller Foundation sobre
Breaking Down Silos: The Convergence of Infectious Diseases and Noncommunicable Diseases
O primeiro dia foi mais teórico-epidemiológico- científico (hipoteses de associção causal entre germes e doenças cronicas) e o segundo sobre como fazer serviços de saúde que funcionam verticalmente para tratamento de AIDS e TB, por exemplo, encamparem o tratamento de DCNT (diabetes, DCV)...
Neste segundo ponto, creio que estamos muito mais avançados no Brasil. A integralidade é uma realidade no SUS, na ponta do sistema. Mesmo assim, ainda há temor de que se se quebrarem muros o financiamento desapareça, como vimos nas reações a integrar politica de atenção ao HIV/AIDS a de outras doenças cronicas (Tb...)..
Mas também escrevo para divulgar para o grupo interessado em microbioma referências sobre o palestrante que mais interesse provocou no primeiro dia
Rob Knight. Talvez alguem queira visitar San Diego...
Ainda houve uma discussão interessante no final sobre porque o microbioma ganha tanto espaço em termos de expectativa de controle de doenças enquanto, por exemplo, os determinantes sociais de saúde - que todos concordaram que, se modificados, reduziriam a morte e o adoecimento -merecem menos entusiasmo... as respostas foram interessantes... desde a questão da terminologia - e Reddy, da Índia, introduziu a expressão "exposoma"- que dá modernidade à velhos conhecidos determinantes ambientais e comportamentais - passando por necessidade de melhorar a comunicação entre cientistas, políticos e financiadores, até questões de classe dos cientistas e de poder (ou falta dele) para influirem nisto.
Interessante também que a ex-ministra da Saúde e Professora de Saúde Publica do Peru, Patricia Garcia identificou a corrupção como grande chaga nas politicas publicas de saúde e falou bastante sobre a necessidade de investirmos em pesquisa anti-corrupção. Também enfatizou que é impossível integrar agendas se a formação é cada vez mais especializada e se os financiadores não entenderem que precisam financiar praticas integradas e não doenças específicas. Gostei muito das contribuições dela.
Descobri também que os 55 países da Africa contituíram uma União Africana, aduaneira, comercial e de produção de insumos de saúde e de vigilância (ou esta é a intenção) e tem agora um CDC Africa. Conforme seu coordenador, tudo funciona no papel, mas ainda sem repercussão para baixo...
Aqui a agenda do encontro para quem tiver interesse em buscar saber mais ...
Imagino que disponibilizarão algum documento, eventualmente...
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