Para tirar as cidades do pronto-socorro
Transformar áreas urbanas em ambientes de promoção da saúde exige trânsito da pesquisa às políticas públicas
MARIA GUIMARÃES | ED. 262 | DEZEMBRO 2017
Vias congestionadas, temperatura elevada, entraves sociais. A descrição de uma cidade grande pode ser facilmente percebida como a de um organismo doente. Da mesma maneira, suas células – os moradores da cidade – tendem a ser igualmente malsãs. A mobilidade (ou a sua falta) é a faceta das cidades que congrega os problemas mais aparentes. Os veículos motorizados conduzem ao sedentarismo e são responsáveis por boa parte das emissões de poluentes que causam uma série de malefícios. A dificuldade de locomoção resultante do excesso de carros aumenta a exposição à poluição e reduz o tempo que poderia ser dedicado à vida social e ao usufruto da própria cidade. É um entroncamento problemático, mas a boa notícia é que ele pode ser encarado como rumos para soluções, e não como fatalidade. “Em São Paulo há um enorme espaço para melhoria em transporte, habitação e desenho urbano”, ressalta o especialista em saúde pública Thiago Hérick de Sá. Pesquisador associado do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP), coordenado pelo médico Carlos Augusto Monteiro, Sá agora trabalha na Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, onde busca pôr a teoria em prática./.../
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