É professora do Departamento de Medicina Social da FAMED/UFRGS. Integrante do Programa Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades/UFRGS
Maria Inês Azambuja
Saúde e a agenda global de desenvolvimento sustentável
Há uma relação entre investimentos em infraestrutura urbana e a melhoria do nível de saúde da população brasileira. Investimentos esses que também são vistos como excelente oportunidade de negócios para corporações multinacionais
“Em uma economia capitalista, bens e serviços são “commodities”. “Commodities” são produzidas para a venda, para produzir lucro. A coisa importante sobre a produção de “commodities” [… ] é que não há uma relação necessária entre a utilidade de alguma coisa e seu valor econômico ou lucratividade. […]. Serviços de saúde são commodities, a saúde é um “by-product”. Desenvolvimento significa oportunidades de investimento e mercados e não corrigir décadas de pilhagem e exploração.” Richard Levins, 2009 (1).
A área da Saúde Coletiva no Brasil e na América Latina se construiu nas décadas de 1960-70, no período final do que foi nosso intenso processo de urbanização. O debate sobre as desigualdades e a injustiça social e seus impactos sobre a saúde era muito intenso (2). A Reforma Sanitária e o SUS são resultados desta luta por democratização do acesso aos serviços de saúde./.../
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