Entrega da noiva pelo pai Guido Affonso Robinson
Frei Felix (já falecido), Alberto Robinson (avó da noiva, com a vela a seu costado esquerdo) Bortholo e Luiza (meus pais ao fundo) A cabeça de um menino que aparece a minha direit deve ser do Rafael Isaia, meu primo, que carregou as alianças no cortejo nupcial.No corrente ano também completam-se 70 anos que nos conhecemos.
A seguir:Poesia que fiz no início de nosso namoro numa excursão à Vila Etelvina (há um link no título que pode ajudar a construir um contexto)
Velho jardim abandonado
Velho jardim abandonado
Passado em concretização nas árvores, nas pedras, nos canteiros esquecidos.
Passado que transparece naquilo que um dia foi parte de outras vidas.
Quanta saudade despertaria esta visão em alguém que ali tenha vivido!...
Quantas lágrimas, recordações - alegres, amargas...
Recordações. Saudade.
Quantos jardins como este pelo mundo...
Jardim abandonado, sebe descuidada, canteiros derrubados.
Altos, tristes e solitários pés de camélia carregados de flores.
Camélias pelo chão. Umas caíram hoje, outras ontem, desfolhadas.
Quantas camélias pelo mundo, caídas em jardins abandonados!...
Antigo chafariz, águas verdes. Velha ramada...
Casarão abandonado. Fora um palácio!
Olhando da empoeirada e ruída sacada, contemplando o velho jardim e a paisagem, surge viva a idéia do passado.
Passado.
Nosso presente, futuro dos que aqui viveram...
Futuro. Nosso futuro. Não serei, - não deixarei nenhum velho jardim abandonado...
Pensando no presente, no futuro, lembrei-me de tanta coisa, pensei em ti querida (*).
Passado, presente, futuro...
Tempo...
Eternidade!...
Quanta coisa num velho Jardim abandonado!...
Aloyzio Achutti
Escrito em 1951 em frente ao casarão da Vila Etelvina.
* Recém começava a namorar a Valderês
1 comment:
Esse poema me conforta ao lembrar passeio a Mata na reunião da ATM 60 patrocinada por Salvador Isaia. Perplexo com as árvores petrificadas em um passado impensável comentei o fato a um companheiro de excursão Aloyzio Achutti. "Questão de escala" resposta compacta. Realmente, a escala da eternidade é uma escala impensável, uma escala de Deus. Tive o privilégio de ouvir essa consigna como uma escala maior no sentido da Vida. Obrigado Aloizio pelo poema compacto.
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