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Tuesday, September 01, 2020

Poland invasion by German

Nesse mesmo ano, provavelmente em março nosso pai levou-nos para Agudo, vila então pertencente ao Município de Cachoeira do Sul. Eu havia completado cinco anos dois meses antes.  Era uma colônia Alemã e meu pai comprara lá uma farmácia (Pharmacia Popular). Ficamos alguns dias na casa de meu tio Nilo Cechella médico, e minha irmã Maria Helena lembra que vira um bercinho de recém nascido. Era o primogênito de meu tio - Luiz Fernando Benaduce Cechella, que havia nascido em março daquele ano.
Tenho na memória de estar sentado no primeiro carro de meu tio, um Ford de Bigode, teto de lona, parado na frente de nossa casa, e alguém, provavelmente meu pai, vir contar que aos alemães haviam invadido a Polônia. Era o início da 2a. Guerra Mundial.  
Meu pai tinha o único rádio da vila, onde o sub-Prefeito - Rolph Pachali - vinha escutar as notícias ou por rádios da Argentina, ondas curtas, ou depois lembro havia depois transmissão em Português diretamente da Alemanha.  Provavelmente reconstruí esse episódio com informações posteriores, pois provavelmente eu não devia ter noção de um pais chamado Polônia. O assunto foi muito comentado na sequência, mas preservo a sensação do momento  em que chegava uma informação importante e alarmante. Diga-se de passagem que até bem depois  a maioria d população torcia pelo Eixo, começando pelo Sub-Prefeito, do qual lembro dizer que daria um churrasco no dia em que o exército alemão que estava às Portas de Paris entrasse na cidade.
1939 

German invasion of Poland


The lethal combination of German blitzkrieg tactics, French and British inactivity, and Soviet perfidy doomed Poland to swift defeat after Adolf Hitler invaded the country this day in 1939 and sparked World War II.
Photos.com/Thinkstock
World War II: Germany invading Poland
Comentário de meu amigo Dr. Alexandre Gruszynski
Interessante o teu relato.
De fato, os rádios não eram coisa comum, na época.
Aliás, foi ouvindo (muito) as emissoras do Uruguai e da Argentina que aprendi o castelhano.
Como neto de polacos fiquei muito sensibilizado pela invasão.
Em 1991 a Cecy e eu fizemos nossa primeira viagem à Europa, e, entre muitos outros lugares, estivemos também com um primo (pelo lado paterno) do meu pai, morador de Sopot (Vê no Googlemaps onde é...), e ele nos levou até o ponto onde começou a invasão alemã.
Esse primo (Eng° Mecânico de Navios - andou embarcado por todo o mundo...) fez contato comigo algum tempo antes, porque tinha um amigo em Montevideo e este uma sobrinha em Porto Alegre, que me telefonou...  Na verdade ele estava pensando em meu pai, também chamado Alexandre.
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1 comment:

Jorge, colega da Valderes said...

Por falar na segunda guerra, lembro alguns momentos, uma vez que tendo nascido em 1935, na cidade de Taquara. tive a oportunidade de conviver muito com alemães e descendentes. Estava ainda no, então, primário da Escola Santa Teresinha, quando fizemos uma coleta de materiais para o governo, principalmente metais e borracha, em toda a cidade. A gente não hostilizava os germânicos e a única ofensa que lembro era chamá-los de: alemão batata, come queijo com barata. O Repórter Esso, seguidamente dava notícias da guerra em edições extraordinárias: a gente levava um susto quando ouvia a musiquinha característica do programa.Periodicamente, tinha uma revista fartamente ilustrada (parece que "LIFE"" sobre a guerra. Em 1945, quando terminou, houve grandes manifestações e um grupo de nacionais, fazia os alemães darem vivas aos americanos, franceses, e ingleses. Quanto aos russos, eram os últimos e só com muita pressão de brasileiros que os alemães os saudavam. Havia, um boato que alguns alemães enviavam informações a submarinos alemães sobre os navios brasileiros que seriam, posteriormente, afundados.Eram chamados de quinta-coluna. Não sei era verdade.Enfim, quem é aquele tempo deve lembrar de outras acontecimentos ligados à guerra, como racionamento, blackout, etc.